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Rodrigo Maia
Presidente do IBRI
Rodrigo Maia é o Presidente do IBRI e representa a Abrasca perante órgãos do mercado de capitais em jurisdições internacionais e projetos relacionados à inovação digital do mercado de capitais, blockchain, cybersecurity e data science.
IBRI
O Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (IBRI) é uma entidade sem fins lucrativos, criada em junho de 1997 com o objetivo de valorizar o papel da comunidade de profissionais de Relações com Investidores no mercado de capitais brasileiro.
O Instituto tem como missão formar e valorizar os profissionais de Relações com Investidores (RI), considerados agentes protagonistas no desenvolvimento deste mercado.
ENTREVISTA
Rodrigo Maia
13 de dezembro de 2022Oriana White
MODERADORA
Juliana Lotti
TRANSCRIÇÃO
O INGRESSO DE UM THINK TANK NO MUNDO DOS APOIADORES
Algo que eu aprendi aqui na Europa, que eu tenho ouvido muito, é que projetos que tem algum apelo de sustentabilidade, já largam com uma vantagem, porque, hoje, existe muito financiamento, seja público ou privado para projetos com apelo de sustentabilidade.
O que eu quero dizer com isso, digamos que você queira montar um Think Tank para crédito de baixa renda no Brasil, certamente o apoio que você vai conquistar é muito mais célere do que se você estiver só querendo montar uma empresa de crédito para conseguir ter um rendimento em cima disso,
Quando você começa a dar propósito para tua startup, um Think Tank ou o tipo de empresa que está começando agora, mesmo que seja uma IPO na bolsa, tem que ter propósito.
Isso é algo que mudou muito, eu noto isso nos últimos 3 anos, uma empresa que começa e quer entrar no mercado tradicional, mas não tem um propósito, ou seja, ela não tem uma forma de servir a sociedade, ela vai demorar mais.
Quando ela tem, ela começa a ter um apoio acelerado, um apoio que seja de bancos grandes, bancos pequenos, o próprio setor público, eu vejo isso muito na Europa.
Nós vemos atualmente, eu também faço parte da Abrasca, sou um consultor global da Abrasca (Associação Brasileira de Companhias Abertas), ela tem um Lab que é o Capital Market, que busca empresas que estão começando e que têm uma ideia muito diferente para que possa auxiliar as empresas que já estão estabelecidas no Brasil.
É quase uma junção dessas startups que dão uma ideia nova e aquelas empresas tradicionais e tudo isso com apoio da Abrasca.
O Ibri também tem apoiado essas iniciativas e a metaverso foi uma delas.
Uma empresa que começou com essa ideia, a CVM acabou autorizando no Brasil, se fazer assembleia de acionistas no metaverso, algo totalmente inovador, que foi com apoio desse Lab.
A minha principal sugestão é que esteja antenado e conectado, veja qual é a proposta da tua empresa e principalmente se esse propósito tem uma conexão com sustentabilidade.
Com certeza vai conseguir acelerar esse processo que é, desde o início, na semente, que nasce a ideia até se tornar uma realidade e conseguir captar financiamento.
Transcrição Integral
TÓPICOS DA ENTREVISTA
- Um pouco sobre Rodrigo Maia
- O que significa fazer parte do IBRI
- O grande desafio de ser global e estar no Metaverso
- Aprender com a Internacionalização
- O ingresso de um Think Tank no mundo dos apoiadores
- Setor Público X Privado
- Doações de Pessoas Físicas: ainda um desafio
- Comunicação como elemento fundamental
- Como chegar a propor uma política pública
- Vários caminhos a seguir
1. UM POUCO SOBRE RODRIGO MAIA
O IBRI, esse ano, é um ano muito especial, está completando 25 anos de criação, foi inspirado no instituto correlato americano.
A ideia era fortalecer a profissão de relações com investidores, então ao longo dessa jornada, o Ibri pode fortalecer os profissionais e as profissionais de relações com investidores do Brasil.
Somos cerca de 400 associadas e associados que buscam, principalmente, o desenvolvimento profissional.
Eu me identifiquei, desde o início, com o instituto pelo caráter humano, essa questão de olhar mais pra profissão.
Então nós somos executivas e executivos dentro das companhias, a gente precisava de uma força, uma vez que é uma profissão, que nós somos porta-vozes da companhia para o mundo todo, então eu me identifiquei desde o começo.
Há 18 anos, quando eu me filiei ao Ibri, eu comecei lá na região sul onde eu trabalhava numa empresa de produção de aço.
Fui fazendo esse trabalho com o Ibri, por mais de 15 anos e virei diretor da regional sul.
Quando eu voltei para São Paulo, segui como diretor, em São Paulo, depois fui chamado para ser conselheiro de administração do Ibri e quando foi no final do ano passado, recebi o convite para pleitear ser o diretor presidente do Ibri, que eu aceitei com muito orgulho e muita satisfação.
Agora estou findando esse período de um ano e nós teremos uma transição para um novo diretor presidente.
2. O QUE SIGNIFICA FAZER PARTE DO IBRI?
Eu diria que é algo muito pessoal, no sentido de poder ajudar as pessoas a se desenvolverem na carreira.
Eu sempre fui uma pessoa muito interessada, em paralelo, ter a minha carreira profissional e a minha carreira acadêmica e o Ibri te dá essa possibilidade, porque ele tem cursos, ele tem um programa de mentoria, aonde as pessoas que estão iniciando a carreira.
É interessante isso porque, não significa que são novatos na vida profissional, mas sim novatos na profissão de relações com investidores.
Muitas vezes você tem um diretor de planejamento estratégico que vai ter o primeiro contato com a profissão e ele vem fazer mentoria conosco ou uma diretora porque ele precisa entender a profissão de relações com investidores que é algo muito específico e muito seleto no Brasil e no mundo.
Então isso mexeu muito comigo, porque o Ibri tira aquela ideia de corporação para ser uma ideia de humanismo, de desenvolver as pessoas, seus potenciais, as suas habilidades.
Poxa eu preciso do idioma, eu preciso de uma habilidade de comunicação, de marketing, de finanças, preciso entender tecnologia e não é à toa o que a gente costuma dizer do walk the talk, eu sempre pratiquei isso, porque quando eu falei que a gente deveria entender o mundo, ciência de dados, a minha intenção foi vir para Europa para estudar, Data Science, e eu vi.
Terminei a minha carreira no Brasil, em relações com investidores, vim aqui começar um mundo novo, que é essa profissão de ciência de dados, mas sempre conectado também com a profissão de relações com investidores, com a área financeira.
Então muito da minha inspiração, tem a ver com essa questão de quando você está entrando em uma empresa, você não pode fechar seus olhos ou não olhar pro lado e não ver que tem um instituto do tipo híbrido.
Muitas vezes quando a pessoa está indo muito bem na carreira, ela fecha os olhos para as coisas mais simples e o Ibri foi nessa simplicidade, de você tentar ajudar quem está do teu lado e pessoas que lá no futuro, podem estar numa situação diferente.
Às vezes acontece muito de chegar e bater na porta do Ibri, profissionais que ficaram fora do mercado completamente esqueceram do Ibri e aí, do nada, eles voltam e vem nos pedir apoio.
A gente dá esse apoio, só que a gente percebe que o mercado não dá, porque se você some do mercado, depois quando você tenta voltar, isso pode ser assim, três anos, já mudou completamente as pessoas, os agentes do mercado.
O Ibri te conecta, te mantém conectado com o mercado de capitais e com a profissão de relações com investidores
3. O GRANDE DESAFIO DE SER GLOBAL E ESTAR NO METAVERSO
Atualmente, na minha gestão, eu quando recebi o chapéu de diretor presidente, eu sei que o Ibri tem no nome dele, o DNA Brasil, porque você já lê Instituto Brasileiro, só que a gente precisava ir pra fora, então quando eu cheguei aqui na Europa, eu já fui procurar um instituto correlato aqui em Portugal.
Eu fui atrás do instituto no México, dos Estados Unidos e nós resolvemos fazer um evento com o Nire que é um instituto de RI dos Estados Unidos, o Inare do México e no metaverso.
Porque além de ser global, a gente tinha que ser digital, e isso foi, para mim, muito emblemático, porque o metaverso é uma ideia do futuro, então se você olha hoje, as pessoas falam ao metaverso.
Eu fiz um evento recente, na segunda semana, do RI e eu fiz essa pergunta para um profissional que eu admiro muito, o vice-presidente da iFood, Diego Barreto, e numa conversa com ele, ele disse Rodrigo, metaverso é algo que vai explodir daqui uns 5 anos e eu falei poxa que legal e o Ibri já está dentro desse universo.
A gente já fez o nosso teste, já buscamos então ser global e ser digital então, eu acho que para o novo presidente do Ibri, que já foi escolhido, o que vai ser o Jean Leroy, vai ser da sequência, também a isso, como que o Ibri cada vez vai ser mais global, mais digital, para que os profissionais que estão associados ao Ibri possam se beneficiar disso.
4. APRENDER COM A INTERNACIONALIZAÇÃO
Eu vinha falando muito desse mundo tecnológico, dentro do Ibri, pro conselho de administração, para os associados, conversando muito sobre isso e eu queria viver isso, de fato, toda essa questão global e essa questão digital.
Até aprendi algo novo na segunda semana de RI, que a gente está falando do mundo assíncrono, um mundo em que você está aqui gravando uma entrevista comigo no vídeo, e eu feliz da vida, vou saber que daqui a 1 mês ou daqui a um ano, alguém vai poder assistir e também vai multiplicar esse conhecimento.
Então é muito diferente porque, agora, o mundo te permite isso.
Eu acho que para o Ibri é a mesma coisa, porque se você pegar os eventos que nós temos feito, são eventos gravados.
Depois o associado que vai entrar daqui a um ano no Ibri, vai ter a oportunidade de conhecer a ideia que nós tivemos há um ano e isso para mim, é genial, porque você está juntando, não só o global, mas também que a gente está chamando de multiverso, são vários universos que você pode acessar seja por telefone, por e-mail, Tik Tok, internet, Instagram, é algo totalmente complementar, e que cada tipo de público vai aceitar ou vai ouvir você, de um determinada maneira.
E isso só é permitido pelas novas tecnologias e esses executivos e executivas que vierem no Ibri, vão ter que estar abertos a esse tipo de tecnologia também.
Eu adoro dar exemplo vivo, eu vou dar um exemplo do que aconteceu hoje, aqui em Portugal.
Portugal está em alerta vermelho, principalmente Lisboa, pelas fortes chuvas que estão acontecendo.
Se fosse antigamente, eu recebi aqui um alerta, inclusive via celular, que é enviado para todas as pessoas, dizendo para não sair de casa, então as pessoas não estudariam, no entanto, o que acontece, como a gente está no mundo híbrido, a escola está ligada, como?
O professor tá na casa dele, fazendo um zoom, com os alunos e não se perderá um minuto de aula e isso só é possível, porque essa escola, no caso a nova IMS, abriu as portas desde antes da pandemia, porque é uma escola totalmente digital e na pandemia ela teve essa vantagem de poder ter todos os recursos de seus alunos, através do mutual, que é uma tecnologia de educação à distância, de permitir que as pessoas, independente das intempéries que aconteçam, possam se beneficiar do mundo híbrido.
Se eu não posso estar lá presencialmente, eu vou assistir na minha casa, eu vou ter o mesmo benefício de conhecimento e se eu não puder assistir hoje, a aula será gravada, eu assisto amanhã, no horário que eu posso assistir e aí sim o mundo assíncrono.
5. O INGRESSO DE UM THINK TANK NO MUNDO DOS APOIADORES
Algo que eu aprendi aqui na Europa, que eu tenho ouvido muito, é que projetos que tem algum apelo de sustentabilidade, já largam com uma vantagem, porque, hoje, existe muito financiamento, seja público ou privado para projetos com apelo de sustentabilidade.
O eu quero dizer com isso, digamos que você queira montar um Think Tank para crédito de baixa renda no Brasil, certamente o apoio que você vai conquistar é muito mais célere do que se você estiver só querendo montar uma empresa de crédito para conseguir ter um rendimento em cima disso,
Quando você começa a dar propósito para tua startup, um Think Tank ou o tipo de empresa que está começando agora, mesmo que seja uma IPO na bolsa, tem que ter propósito.
Isso é algo que mudou muito, eu noto isso nos últimos 3 anos, uma empresa que começa e quer entrar no mercado tradicional, mas não tem um propósito, ou seja, ela não tem uma forma de servir a sociedade, ela vai demorar mais.
Quando ela tem, ela começa a ter um apoio acelerado, um apoio que seja de bancos grandes, bancos pequenos, o próprio setor público, eu vejo isso muito na Europa.
Nós vemos atualmente, eu também faço parte da Abrasca, sou um consultor global da Abrasca (Associação Brasileira de Companhias Abertas), ela tem um Lab que é o Capital Market, que busca empresas que estão começando e que têm uma ideia muito diferente para que possa auxiliar as empresas que já estão estabelecidas no Brasil.
É quase uma junção dessas startups que dão uma ideia nova e aquelas empresas tradicionais e tudo isso com apoio da Abrasca.
O Ibri também tem apoiado essas iniciativas e a metaverso foi uma delas.
Uma empresa que começou com essa ideia, a CVM acabou autorizando no Brasil, se fazer assembleia de acionistas no metaverso, algo totalmente inovador, que foi com apoio desse Lab.
A minha principal sugestão é que esteja antenado e conectado, veja qual é a proposta da tua empresa e principalmente se esse propósito tem uma conexão com sustentabilidade.
Com certeza vai conseguir acelerar esse processo que é, desde o início, na semente, que nasce a ideia até se tornar uma realidade e conseguir captar financiamento.
6. SETOR PÚBLICO X PRIVADO
A minha vida inteira trabalhei com setor privado, eu tenho 25 anos trabalhando em 3 multinacionais.
Eu entendo que, atualmente, se você tem uma boa ideia o que acaba acontecendo é que o setor privado te abraça.
O setor financeiro, hoje, procura as startups que têm uma ideia muito boa, por exemplo o projeto do Cubo, do Itaú, é um projeto impressionante, porque é uma série de startups que estão tentando a grande ideia e quando vingar, com certeza, o banco vai apoiar.
Uma série de outras iniciativas, a gente vê empresas como a Gerdau, com Gerdau Next que busca as que tenham ideias, então por exemplo, se você tem uma ideia de construção rápida e que também tenha o propósito, como falei, exemplo eu quero ajudar a reformar casas de pessoas que precisam, isso é algo diferenciado.
Eu vou te apoiar, então eu particularmente acho que o setor privado está de braços abertos agora, para esse setor, porque são jovens, normalmente que têm ideias geniais e que falta essa alavancagem, essa aposta financeira e que muitas vezes as grandes corporações podem apoiar.
7. DOAÇÕES DE PESSOA FÍSICA: AINDA UM DESAFIO
A minha visão é que a pessoa física, principalmente no Brasil, eu acompanho esse mercado há cerca de 25 anos.
Hoje nós estamos a 5.000.000 na bolsa de valores. Agora, esses 5.000.000 estão sendo assessorados por bons conselheiros e maus conselheiros, então vide a questão atualmente dos influencers, você tem os influencers excelentes que eu conheço, poderia citar vários nomes aqui, que têm um fundamento muito forte, e você tem os influencers que eram jogador de futebol, atriz, modelo, a cantora e você começa a pensar que as coisas não estão sintonizadas.
Você pra ser uma influencer de um determinado setor, tem que estar especializado naquilo. Existe forma, uma grande ideia, pode ser abraçada por um grande banco, por exemplo uma XP e ele conseguir repartir isso em milhares de pedacinhos e vender essa ideia para a pessoa física. Isso pode ser feito.
No Brasil ainda está no nascedouro, a bolsa Brasileira tem intenção de apoiar projetos novos, a CVM está com a sua Sandbox, são ideias novas, de empresas muitas vezes pequenas, que pode ser que a CVM aprove a ideia e aquilo vá para frente.
A mesma coisa como eu comentei da Abrasca.
São iniciativas que estão no nascedouro, você tem razão, é algo ainda muito embrionário, mas eu sempre sou otimista, eu acho que tem muita frente para isso e tenho certeza que AB3 vai ajudar, a CVM vai ajudar, a Abrasca, o próprio Ibri, porque o Ibri pode dar essa consultoria, para esses profissionais ou essas profissionais que estão iniciando, vender o seu projeto, porque no fundo o que a gente faz é isso, são investidores, a gente vende um projeto para o investidor, então o Ibri pode apoiar nesse sentido também.
8. COMUNICAÇÃO COMO ELEMENTO FUNDAMENTAL
Essencial! Eu diria que na minha vida profissional de relações com investidores, nos meus 18 anos de RI, eu costumo brincar com mais de 70 divulgações de resultados, isso é um trabalho de 4 mãos, são as mãos dos profissionais de relações com investidores, com as mãos de comunicação.
Porque o que eu sempre gostei de frisar na profissão, você não pode ser mais nem menos do que o DNA da sua empresa e quem conhece o DNA da sua empresa é a estratégia de comunicação.
Tudo nasce na comunicação. Se a empresa quer passar uma mensagem que o propósito dela é, por exemplo, apoiar as pessoas que precisam que não têm uma casa ou as pessoas que não têm um carro ou as pessoas que têm dificuldade de se locomover dentro da cidade, então existem vários propósitos maiores e para as relações com investidores eles têm que aprender a comunicar isso.
Não adianta aquele profissional que só sabe falar do lucro, ele acabou.
O profissional tem que saber falar de sustentabilidade, tem que saber em que estágio digital a companhia dele se encontra, como que é o conselho daquela companhia, qual é o planejamento estratégico, como que a companhia vai durar mais 10, 15 anos, como que a companhia está preparada para essas intempéries que estão acontecendo, a inflação global, os riscos de Cyber Security, como está se vendendo via e-commerce.
Então a comunicação ajuda nisso tudo, porque ela te dá a base, para aí sim você transmitir informação para o investidor, tem que ser uma informação simétrica, transparente, tempestiva, não pode ter uma dissonância do DNA da empresa, porque uma vez que você passou o DNA, nem mais nem menos, você fez seu papel de RI.
9. COMO CHEGAR A PROPOR POLÍTICAS PÚBLICAS?
Eu sou um fã número 1 dos APPs, quando eu olho para o Brasil, eu fico impressionado, até a nível europeu, da quantidade de aplicativos que existe hoje, digital, no Brasil e que funciona.
O Brasil já é um país digital, então se você pegar os milhões de celulares que hoje conectam, o PIX é um exemplo, uma ferramenta brasileira, que funciona muito bem.
A CVM pode apoiar nesse sentido, quando a gente pensa em mercado de capitais. Nós temos um novo presidente que é CBM que é um discurso dele de abertura, ele quer dar muita força pro mundo digital, para as novas tecnologias, ele participou conosco do evento no metaverso, então eu diria que o Brasil está preparado.
Precisamos entender os caminhos, eu entendo que esse novo governo, vai ajudar muito essas pequenas empresas que precisam desse financiamento, dessa facilidade do poder público.
Vide recente, instruções têm sido lançadas sobre o mundo do blockchain, o mundo da criptomoeda, a própria CVM abraçando a ideia, o governo abraçando a ideia, eu acho que por meio desses Sandbox, e uma aceleração dentro das diferentes esferas do governo, a gente vai conquistar isso.
É um excelente início para 2023, espero que o poder público se sensibilize, porque o futuro está na mão dessas iniciativas.
As grandes corporações já viram isso, não estão tentando inventar a roda, elas estão buscando nas pequenas empresas, as grandes iniciativas, porque são cabeças que estão pensando, tendo ideias super inovadoras, porque não as aproveitar financiando, dando crédito e espero que o poder público faça o mesmo.
Eu sou um eterno otimista do Brasil, no mundo digital, pelo nosso DNA criativo, onde nós vamos, a gente tem entrada nessa questão toda da inovação do Mindset digital.
Por exemplo, a Europa vive um momento de alta inflação e o Brasil está super acostumado com isso, mas aonde se encaixa isso?
Em muita coisa, porque se você olhar as empresas brasileiras, já estão preparadas para esse mundo da inflação, e quando você olha na Europa, inflação para eles é algo muito novo, então mesmo nos contratos, ou mesmo num código de programação, o ISIN da inflação não está ali, então ele tem que se encaixar.
Eu acho que o brasileiro e a brasileira têm no DNA essa inovação e vai conseguir.
O governo tem que olhar para essas mentes, que estejam no Brasil ou fora, que voltem ou que ajudem de onde estiverem, porque isso também é um outro pensamento.
Você pode estar na Europa, nos Estados Unidos ou em Israel e ajudando o Brasil, porque os projetos vão estar ali, sendo desenvolvidos em conjunto, até no metaverso, com outros profissionais e programadores brasileiros.
E sim, o importante é que o país se desenvolva e aproveite esse ferramental, todas dessas mentes que estão pensando em inovação, para poder ajudar o país a acelerar o crescimento econômico.
Então eu concordo plenamente, acho que tem tudo para isso acontecer e acho que a gente tem a principal matéria-prima que são as mentes pensantes das brasileiras e brasileiros que adoram inovação.
10. VÁRIOS CAMINHOS A SEGUIR
Eu tenho sempre isso comigo, ao amanhecer, de cada dia, buscar ser global, buscar ser digital e sempre ir juntos, esse é um pensamento muito importante.
Eu sempre falo, vamos juntos, porque quando você vai junto 2 cabeças são como 3 ou 4 ou 5, porque quando você tem uma cabeça só, você não consegue colocar em frente teus projetos, teus ideais.
Quando você vai junto, seja em instituição, seja público ou privado, seja em pessoa, mais de uma pessoa, a tendência de ser ágil, e achar solução, acelera muito.
Ser global, ser digital e sempre junto.