Metade da População do Brasil Será de Idosos e Menores de 14 Anos
Acompanhando as pesquisas dos principais Think Tanks publicadas ao longo de 2022, nos deparamos com poucas recomendações de políticas públicas que incluíssem em suas análises as projeções da demografia brasileira.
Dadas como estáveis, as projeções demográficas recentes têm revelado algo assustador e rápido.
Um colapso demográfico na China, Estados Unidos, Europa e Japão. Inimaginável 10 anos atrás. Os economistas estão alarmados com a rapidez desse novo cenário econômico.
O caso mais dramático é o da China.
Em 1980, a China implantou a política pública de um filho por casal.
Ou seja, uma taxa de fertilidade por mulher de 1:1, o que significa que no longo prazo, a população da China cairia pela metade a cada trinta anos.
Para piorar a situação, a One-child Public Policy não considerou a cultura chinesa de preferir que o primeiro filho seja homem.
Por vários métodos, 10% de filhos do sexo feminino deixaram de nascer, agravando o problema.
Esse desastre virá acompanhado por um brutal envelhecimento da população, com um brutal aumento da taxa de dependência dos velhos sobre a renda dos pobres, e pouco tempo para corrigir tudo isso.
Demography is destiny, dizem os demógrafos, com muita razão, porque de fato a demografia traça o destino de uma nação.
O Brasil terá os mesmos problemas, em escala menor.
Em 70 anos nossa população cairá para 180 milhões de brasileiros, sendo metade deles velhos ou jovens até 14 anos, que os outros 50% terão que sustentar.
Como demografia é um problema com consequências pré-determinadas, está na hora de todos os Think Tanks analisarem essa variável.
Ela tem consequências diretas em políticas públicas envolvendo saúde, educação, infraestrutura, taxação excessiva da população, conflito geracional entre jovens e aposentados, crescimento do PIB (impossível) e população economicamente ativa.
Algo para discutirmos em futuro breve.
Stephen Kanitz